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Comunicadores refletem sobre o papel transformador da mídia

11 DE SETEMBRO DE 2015by admin

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A rede Imagens e Vozes da Esperança de Minas Gerais (IVE Minas) realizou no dia 1º de setembro, o diálogo “Narrativas Restauradoras – uma nova perspectiva para a Comunicação”, com a jornalista Débora Junqueira, coordenadora de comunicação do Sindicato dos Professores (Sinpro Minas) e ativista do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. O encontro foi realizado na Casa do Jornalista, em Belo Horizonte, e reuniu jornalistas, publicitários e estudantes de comunicação.

O objetivo do encontro foi apresentar e descrever as principais características deste novo gênero de jornalismo que se concentra em contar histórias de recuperação, restauração e resiliência em tempos difíceis. Esse é um tema em estudo nos Estados Unidos, apoiado pelo Images and Voices of Hope(IVOH), uma rede internacional de comunicadores e artistas. Em junho, a jornalista Débora Junqueira participou do encontro da Cúpula do IVOH, em Nova Iorque, onde divulgou as experiências positivas com as mídias do Sindicato dos Professores como a revista Elas por Elas e o programa de TV Extra-Classe.

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Para a jornalista Maria Cecília Alvim, coordenadora do IVE Minas, a proposta do estudo contribui para uma formação mais educativa para a mídia, que nos faz repensar a nossa profissão, o impacto que causamos na sociedade e em nós mesmos quando contamos uma notícia. “Há muito mais histórias e imagens para mostrar. Não é só reportar o que acontece no mundo. O nosso papel é também promover mudanças, diálogos que possam inspirar as pessoas se transformarem positivamente, influenciando a transformação de outras pessoas”, afirmou.

Um dos princípios da rede é resgatar a verdadeira força da mídia como agente de transformação social e valorizar iniciativas onde os produtores de mídia têm um papel de agentes de benefício da humanidade. “A mídia deveria estar a serviço das causas comunitárias e não voltada para interesses pessoais ou de grupos econômicos e manipulação política. Há uma necessidade de crítica da mídia que chama a atenção para o que está errado e o que precisa ser melhorado, mas também há grande valor em mostrar conteúdos que atuam como uma força para a transformação da sociedade”, avaliou Débora Junqueira.

A jornalista compartilhou alguns aspectos do tema em estudo, explicando que uma narrativa restauradora é uma história que mostra como as pessoas e as comunidades estão aprendendo a reconstruir e recuperar depois de experimentar momentos difíceis como uma tragédia ou situação de pobreza, etc. “Estes tipos de narrativas, em vez de focar só no que está deteriorado, concentram-se no que está sendo reconstruído, levando às pessoas ou comunidade a uma ação positiva. Essas histórias podem ser contadas através do jornalismo, publicidade, documentário, fotografia e até em games”, explicou.

O grupo que participou do encontro foi convidado a fazer um diálogo apreciativo e expressar suas experiências com a mídia. “Esse compartilhar é importante como uma forma de ampliar nossas vivências e conhecimentos para a construção de uma mídia mais humana e empoderadora”, opinou a jornalista Adriana Borges.

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